sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Bola na barra!

Posted by: David_g, autor Blog Cosmos.

Afinal, poderia muito bem ser este o título de um novo e revolucionário programa televisivo de debate desportivo, do género Trio de Ataque, passe a publicidade, ou similar. Contudo, trata-se apenas de uma pequena incursão no mundo do futebol, com o único objectivo de explanar o meu ponto de vista sobre um assunto que faz parte da nossa vivência comum. À primeira vista, pode parecer um tema fora do contexto ou vocação do presente blogue, porém as lições do conhecimento adquirem-se em qualquer área da vida!


Como o título sugere, é simplesmente uma abordagem desinibida e aberta a uma questão tão cara aos adeptos do desporto rei e igualmente extensível à maioria dos outros desportos, mais ou menos conhecidos; a famigerada sorte ou azar, parceiros inseparáveis da história contada de um qualquer jogo! Argumentos sempre na ordem do dia quando se trata de acomodar uma justificação artificial para as nossas derrotas, assim como minimizar e desprezar as merecidas vitórias do nosso adversário! Perdemos porque tivemos muito azar, logo por oposição eles tiveram mesmo muita sorte! Claro que quando a situação se inverte e a vitória nos sorri, aí o mérito já foi todo nosso, a dita nem sequer é chamada para o caso!

Vem a propósito a situação vivida recentemente por um conhecido clube de Lisboa, que esteve durante uma longa série de jogos sem conseguir alcançar as tão desejadas vitórias. Questionados, jogadores, treinadores e dirigentes foram unânimes! Foi manifesta falta de sorte! Vejam bem que em meia dúzia de jogos, atiraram nada mais, nada menos, que oito ou nove bolas ao poste ou à barra! Caramba, é preciso ter mesmo muito azar!

Examinando a situação de um ponto de vista meramente lógico e racional, diremos então, que atirar estas bolas todas à barra, foi o mais puro dos azares. Em contrapartida, quando sucede precisamente o contrário, isto é, a bola rematada descreve um arco tão deliciosamente imprevísivel como desconcertante e se aninha docemente, lá no cantinho mais fundo da baliza, é afinal uma mera questão de sorte? Não, não! Aqui já todos os comentadores desportivos, entendidos e adeptos em geral, se apressam a dizer que o avançado é muito bom, competente e eficaz!

Resumindo, porque a coisa está a ficar meio confusa, é assim; bola na barra = azar, se a bola entra = competência! Isto do ponto de vista dos adeptos do clube em causa, porque perante a análise dos adversários, a situação inverte-se.

Transportando esta forma de pensar e sentir para a nossa vida real, para a vida em que temos de trabalhar arduamente em prol da sobrevivência e dos objectivos a cumprir, as expressões sorte e azar são também mal usadas e geralmente de forma abusiva, intencional,  como a única e evidente explicação para os sucessos e insucessos que nos atingem. Porém, de um modo bárbaro e ciumento, é o sucesso dos outros o que mais nos incomoda.
Curiosamente, estas duas palavras de sentido completamente oposto, sorte e azar, encontram o mesmo significado num único termo, ou seja, o  acaso!

Apesar de todos estes considerandos, em boa verdade vos digo, se há algo que aprendi nesta ainda curta e incansável  experiência de vida, em que de facto passamos pelos mais diversos tipos de situações e muitas coisas nos acontecem, boas e más, previsíveis ou inesperadas, felizes e infelizes, agradáveis ou desagradáveis, é minha percepção de que nada, ou quase nada, acontece por… acaso!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Rico ou pobre?

Posted by: David_g, autor Blog Cosmos.


Dizem os entendidos filósofos e adeptos dos jogos do poder da mente, que pobreza ou riqueza não são mais que o mero reflexo do estado mental ou espiritual que cada um de nós, enquanto indivíduos e seres independentes, sentem e vivenciam no seu dia-a-dia. Então, se alguém vive com sentimentos e pensamentos dominantes de pobreza e falta de recursos financeiros, por exemplo, estes acabam por se tornar na realidade da sua própria vida! É óbvio que por esta teoria, o contrário também será verdadeiro, se uma pessoa se sente rica e próspera, esta situação material acabará por se traduzir na realidade da sua existência!
Embora reconheça que o estado de espírito ou força da mente são importantes e determinantes nos sucessos e insucessos das nossas vidas, é no entanto para mim claro e evidente que esta teoria, largamente difundida nos dias de hoje e baseada em pensamentos chave como; “Eu sou o que penso e desejo”, se apresenta de forma demasiado simplicista, linear e até falaciosa. Na prática, podemos passar horas e horas ou até dias inteiros a fazer auto afirmações positivas do género “Eu sou rico e tenho muito dinheiro” e repeti-las até à exaustão que, mesmo assim e infelizmente para nós, nada vai acontecer! Milhões e milhões de pessoas de vários países desejam ardentemente, semana após semana com renovada e genuína esperança, acertar na chave do euro milhões! Porém e por aquilo que sei, os felizes contemplados com os ditos e chorudos prémios, a maior parte das vezes declaram, desassombrados, que nem sequer pensaram muito no assunto e as suas expectativas quanto á sua sorte eram também muito baixas! Portanto, uma atitude precisamente contrária ao princípio do “acredita e terás”.
Não deixa também de ser curioso, que após a difusão deste tipo de mensagem através de um livro de grande impacto como foi “O Segredo” que, como todos sabemos, alcançou milhões de vendas em todo o mundo, precisamente tenha ocorrido a maior crise financeira e económica desde a 2ª Guerra Mundial! Pela lógica, os pensamentos positivos de riqueza e prosperidade de todos esses milhões de leitores e seguidores, deveriam prevalecer sobre a pobreza!
É aqui que entram alguns profetas inovadores, com a ideia de que afinal tudo isto para resultar, não deve ser executado a um nível de consciência racional, mas sim ao nível do nosso subconsciente, assim os seus efeitos positivos serão mais visíveis e efectivos, dizem eles. No fundo o que temos de fazer, é praticar um pouco de meditação e então, atingido esse estado de subconsciência, formular os referidos desejos, dinheiro, saúde, amor e etc. Enfim, tudo aquilo que o bom e crédulo do ser humano mais íntima e legitimamente quer para a sua vida. Eu acredito muito na meditação como forma de atingir objectivos espirituais, como a paz, harmonia, conhecimento e clarividência, entre outros. Eventualmente, a prosperidade e a saúde poderão surgir como consequência destas ou de outras práticas que elevam o espírito humano, mas não necessariamente. Já todos ouvimos falar de grandes figuras religiosas ou de poder místico incomparável, que afinal eram pobres e até muito doentes…
Sem contudo me revelar um adversário dos crentes dos exercícios das energias positivas, pelo contrário, acredito até que poderão ser muito benéficas e uma ajuda preciosa na prossecução dos objectivos da nossa vida. Mas daí a dizer-se que basta pensar e acreditar em algo, que logo acontece, vai uma grande distância… e muita ingenuidade!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Recordações de um verão longínquo.

Posted by: David_g, autor Blog Cosmos.


Recordo-me dos tempos em que era uma criança pequena e irrequieta como todas, sempre à procura de novas e empolgantes aventuras. Quando no calor do verão e no auge das férias grandes, a rapaziada lá da rua se juntava e, em alegre alarido, abalávamos todos para a bouça mais próxima, na altura havia muitas, para brincar aos “índios e cowboys”. Era uma festa de imaginação e improviso, dos paus faziam-se pistolas e espadas, os arcos e flechas, mais elaborados e trabalhosos, exigiam um melhor e mais sábio aproveitamento da abundante matéria-prima que a natureza nos proporcionava. O grupo dividia-se então em dois, por um lado os “cowboys”, que na nossa inocente imaginação, fruto das influências cinematográficas e televisivas da época, eram sempre associados aos bons e vistos como uma espécie de heróis invencíveis! É claro que perante estas vantagens e como primeira escolha, todos queriam fazer parte deste primeiro grupo. Por outro lado, os preteridos ou os que de momento se sentiam mais inclinados e predispostos a encarnar tal figura, formavam o grupo dos “índios”, que por oposição detinham já a má fama e reputação de maus da fita, condenados assim à inglória sina de perdedores das disputas em causa.
No entanto e apesar deste conjunto de circunstâncias adversas e inferioridade notória, estas personagens, “os índios”, exerciam então em mim, um certo fascínio e admiração concludente. Admirava as suas roupas extravagantes, o colorido das suas penas que adornavam os longos e sedosos cabelos, as famosas pinturas de guerra impressas no rosto e nos corpos semi-nus, propiciavam ainda mais a estas figuras, um certo ar de surrealismo e fantasia. Mas o que mais me impressionava na imagem de tais e incompreendidos heróis, era a sua postura séria, a serenidade imperturbável dos seus rostos, descendo por íngremes falésias, ora atravessando intermináveis pradarias sempre montados em seus fogosos quanto lindos cavalos selvagens. Assim, quando se aproximavam do inevitável grupo de caras-pálidas, paravam a uma certa distância e o chefe da tribo, segurando em uma das mãos a lança empunhada com firmeza e legítimo orgulho, levantava então a outra e mostrando a palma da mão, saudava com voz grave e calma, porém determinada; “How!”. Era uma imagem que provocava em mim, intensos sentimentos de respeito, admiração e atracção perfeitamente invulgares!
Pena que os tais caras-pálidas, principalmente por manifesta falta de carácter e inteligência, nunca tenham aceite e muito menos compreendido, o que para a imaginação de uma simples criança, era tão óbvio e tangível…

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Anti-matéria

Questão colocada por autor desconhecido:
"Os cientistas acreditam que com o Big bang a matéria e a anti-matéria foram criadas em quantidades iguais; no entanto hoje vivemos num universo só de matéria. Não é impossivel que algures no espaço distante existam enormes quantidades de anti-matéria. Mas ainda niguém as encontrou e parece muito mais provável que de alguma forma a anti-matéria tenha desaparecido. A questão é como?"


Pressentimento:
Os cientistas acreditam e estão certos, na minha opinião. Penso porém, que a questão sobre este assunto, não se coloca ao nível das possibilidades da anti-matéria ter desaparecido, esfumando-se para sempre nas brumas do tempo, ou também na hipótese desta se encontrar escondida algures, num qualquer recanto obscuro e longinquo do espaço infinito. Parece-me contudo mais viável, a possibilidade de que, após o referido Big Bang, matéria e anti-matéria se tenham dividido e seguido por caminhos diferentes.

Recentemente, os nossos cientistas mais ousados, louvor lhes seja feito, conseguiram separar e isolar (não fabricar!) em laboratórios terrestres, pequenas quantidades de anti-matéria, provando afinal sem qualquer dúvida, que ela existe também aqui e que na verdade estamos rodeados de anti-matéria, embora de uma forma invisível e perceptível para o comum dos mortais. Esta experiência no fundo, só vem acentuar e comprovar a velha e famosa lei da Física, que na realidade é apenas o reflexo de uma lei mais abrangente e Universal; "Nada se cria (ou perde), tudo se transforma". A própria definição cientifica ou quântica da anti-matéria é clara; "Para cada partícula de matéria, existe a correspondente partícula de anti-matéria". Isto é, com o mesmo volume, peso e massa, mas de sinal contrário. Logo, para quem quiser perceber, esta afirmação diz tudo, sem margem para segundas interpretações!

Pode-se concluir então, que a anti-matéria existe na mesma medida ou dimensão, da matéria visivel e palpável que nos rodeia no mundo real. Assim, por cada objecto de matéria que possamos imaginar, seja uma simples pedra, jarra ou planta, automóveis, casas e cidades inteiras, ou até o nosso querido Planeta, para todos existem as correspondentes, exactas e perfeitas réplicas (depende do ponto de vista!) de anti-matéria. O mesmo se aplica a todos os seres vivos e a tudo que existe no Universo. Parece pura ficção científica e da mais avançada, mas como alguém já disse, a realidade ultrapassa em muito, a mais imaginativa das ficções!

Falemos, por exemplo de um objecto de uso comum que ao longo da história da humanidade é considerado como mágico e ao qual as mais diversas culturas atribuem poderes ocultos; o espelho! Porque motivo então, exerce sobre nós tal fascínio? Certamente que a vaidade é um caso a considerar, no entanto e em momentos de maior sensibilidade, quando nos olhamos ao espelho e vemos o reflexo da nossa imagem, a réplica perfeita de todo o espaço e dos objectos que nos circundam, uma misteriosa e inquietante sensação invade a nossa mente fazendo estremecer todos os nossos sentidos. O pressentimento claro, ainda que inconsciente, de que algo de estranho se passa à nossa volta, mas contudo escapa à percepção racional do senso comum. Afinal, o que contemplamos para além daquelas imagens no espelho, representa a premonição de uma realidade alternativa e distinta, fazendo-nos pensar e acreditar na possibilidade objectiva de, deslumbrados, nos encontrarmos perante a descoberta de um novo e desconhecido Universo !

Assim, a efectiva questão é; "Então porque não conseguimos nós ver, tocar, medir e pesar a anti-matéria?" A resposta é simples e evidente como tudo que é autêntico. A anti-matéria existe a par da matéria, não apenas em um, mas sim em vários Universos paralelos, que se cruzam no mesmo espaço fisíco e temporal, quase sem se tocar! Digo quase, porque em boa verdade existem pontos de contacto, portas de entrada que comunicam e dão acesso a outros mundos! Neste caso e para quem estiver interessado, é só encontrá-las...

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quem somos, para onde vamos...

Nós não somos seres humanos que passam por uma experiência espiritual, mas sim Seres Espirituais que passam por uma experiência humana...
(Wayne W. Dyer)

Esta simples mas inteligente frase, resume de uma forma que considero perfeita, toda a essência da vida humana e não só!
No entanto e em contraste, acho completamente ridícula e despropositada, a teoria vigente e aceite na nossa sociedade, nomeadamente nos meios académicos oficiais, sobre a origem e evolução da vida. Segundo esta, parece que em tempos remotos, quando nada existia ainda no nosso planeta, duas proteínas especiais se encontraram por acaso e, fundindo-se derem origem ao primeiro ser unicelular. Estes por sua vez, ao encontrarem-se também por acaso, deram origem a um novo ser multicelular e assim por diante até chegarmos ao famoso macaco, que sem se saber como e porquê, evoluiu para o primeiro ser humano! E imagine-se, tudo isto obra de muitos e felizes acasos! Realmente, além de não haver qualquer prova científica minimamente credível, é necessária muita falta de imaginação e inteligência para produzir tal absurdo!
Nos dias de hoje, em que a maioria das pessoas possui um bom grau de cultura geral e acesso aos mais variados tipos de informação, em que a ciência evoluiu para níveis nunca dantes alcançados, era bom que se revisse esta posição acerca da origem e evolução da vida na terra. Não ficava mal a esses ditos doutos, reconhecerem que afinal estavam enganados, as coisas não se passaram nada assim…